31 de dez. de 2007

Está na hora de amarrar o cadarço!!


Todo fim de ano é a mesma coisa: hora de pensar no ano que termina, hora de imaginar o ano que se inicia. Muitas pessoas fazem promessas e firmam votos como se apenas uma palavra ou um pensamento positivo fossem suficientes para tornar algo realidade. Só isso não adianta.
Para mim a passagem de ano é como amarrar um cadarço em meio a uma caminhada. Estranho?! Calma, eu explico. Com certeza você já passou pela situação de durante uma caminhada perceber que seu cadarço está desamarrado. Na pressa e não querendo parar para amarrar você apenas prende o cadarço dentro do tênis ou enfia por debaixo dos pés. Problema resolvido? Não. Basta poucos metros e lá está ele para fora incomodando de novo. Outra vez o cadarço é colocado para dentro. Trabalho em vão. Não vai demorar e você estará pisando no seu cadarço; se não prestar atenção pode até tropeçar nas próprias pernas.
Este "imenso" desconforto só é resovido quando paramos, nos abaixamos e firmemente amarramos o tal cadarço.
Assim acontece na vida. Muitas vezes vamos empurrando com a barriga nossos problemas, nossas falhas, deixando tudo para depois. Achamos que podemos nos livrar, pelo menos por alguns momentos, da díficil tarefa de amarrar os cadarços.
A chegada de um ano novo é o momento ideal para darmos um basta naquilo que nos incomoda, momento de arrumar a casa, de colocar as coisas no lugar e de consertar o que está errado. Aprender com o ano que se finda e começar uma nova etapa.
Hoje estou amarrando meus cadarços, revendo o quanto fui displicente em tantas áreas da minha vida. Olhando para 2007 quero um 2008 diferente. Quero valorizar a quem me valoriza. Quero valorizar a quem eu deveria ter valorizado no passado. Quero valorizar quem diz que me valoriza. Quero valorizar a quem acha não ter valor. Apenas isso.

Um ótimo 2008 a todos!!

ps: Na internet tem de tudo mesmo. Neste site: www.fieggen.com/shoelace/index.htm tem várias dicas de como colocar cadarços. Pode existir até 2 trilhões de maneiras diferentes de colocar um cadarço. Impressionante não é mesmo!?!

14 de dez. de 2007

Diálogo entre um pai bâmbi e um filho bâmbi

BLOG DO TIÃO

FILHO – Pai, por que o senhor sempre diz que tenho que ser são paulino?

PAI – Porque o São Paulo é o melhor time do mundo. É o tricolor!

FILHO – Mas ele não foi rebaixado para a segunda divisão do campeonato paulista de 1990 e tiveram que fazer uma manobra para trazê-lo de volta?

PAI – É verdade. Mas isso só aconteceu por causa de uma trapalhada da Federação Paulista, e, além do mais, já faz muito tempo.

FILHO – Mas em 1990 ele também não perdeu o título brasileiro pro Corinthians?

PAI – É, meu filho, perdeu. Mas eram outros tempos, aquele time estava sendo formado, o Corinthians tinha Ronaldo, Neto, o estádio todo a favor. Deixa pra lá.

FILHO – Mas, Pai, o Morumbi não é o estádio do São Paulo? Então como é que tinha mais corintiano?

PAI – Eles estavam empolgados porque não acreditavam naquele time e de repente foram pra final. É isso!

FILHO – Mas, Pai, dos 10 maiores públicos da história do Morumbi, 6 são do Corinthians, sendo que o recorde absoluto com mais de 145 mil pessoas em 1977 também é dele. O dono do estádio não deveria ter esses recordes?

PAI – Tá, filhão, tudo bem, a torcida deles é maior que a nossa, vai muito mais ao estádio, e daí? Isso não ganha jogo.

FILHO – Mas, então por que nos confrontos diretos o placar está em 105 vitórias do Corinthians contra 86 do São Paulo?

PAI – #@$%!¨¨&*%, filho. Isso é porque eles deram muita sorte contra a gente. Não mereciam ganhar metade desses jogos. O que importa é que temos mais mundiais que eles.

FILHO – Mas, Pai, minha professora de geografia me ensinou que o mundo tem 5 continentes: América, Ásia, Oceania, Europa e África. Se a final era entre um time da América do Sul contra um europeu, pode ser chamado de mundial? Na Europa eles chamam isso de "Torneio Intercontinental". 1 continente e ½ é mundo, pai?

PAI – Não interessa! Isso vale muito mais do que aquele torneio de verão que o Corinthians ganhou.

FILHO – Mas aquele torneio de verão teve os campeões dos 5 continentes, mais o campeão do país sede, que, por acaso, era o Brasil e que, por acaso, tinha o Corinthians como bicampeão nacional. Além disso, tinha a chancela da FIFA, enquanto o do Japão só tinha o da montadora de veículos, não é mesmo? Então está 1 a 1 em títulos mundiais não é, pai?

PAI – Cê tá de sacanagem, né, filho?! Que conversa é essa?

FILHO – Sabia que a Copa Toyota nem existe mais, pai? Se era tão boa, por que acabou?

PAI – É que agora a FIFA resolveu fazer um mundial oficial dela, com representantes de todos os continentes.

FILHO – Ah, entendi. Como aquele de 2000, né, pai?

PAI – AAAAAIIIIIIII, que raaaaaaaaaaiva! É, filho, como aquele de 2000.

FILHO – Pai, por que a copa Toyota era transmitida para cerca de 30 países com audiência estimada em 400 milhões de pessoas e o Mundial de 2000 foi transmitido para 63 países com audiência superior a 1,5 bilhão?

PAI – Não sei, moleque. Pára de fazer pergunta cretina!

FILHO – É cretinice perguntar por que a maior audiência da história do SBT foi a final da Copa do Brasil de 95, vencida pelo Corinthians, com 45 pontos de audiência, a maior audiência da história da Band foi a final do Mundial da FIFA de 2000, vencido pelo Corinthians, com 53 pontos de audiência, e dos últimos 20 recordes de audiência esportiva da rede Globo 11 são do Corinthians?

PAI – #@$%!¨¨&*%, moleque! O que é isso? Resolveu pegar no meu pé agora?

FILHO – Claro que não, Pai. Mas, não importa. Vamos falar de grandes personalidades do mundo, afinal estou vendo que o senhor já está ficando estressado. A maior cantora do Brasil de todos os tempos, Elis Regina, essa era são paulina, né, pai?

PAI – Não! Corintiana.

FILHO – Tudo bem, mas o maior ídolo do esporte brasileiro de todos os tempos, Ayrton Senna, esse era campeão, tinha que ser são paulino, não é mesmo?

PAI – Não! Corintiano.

FILHO – Beleza, Pai. Não estressa! Vamos sair do esporte. O homem mais rico do Brasil, o maior empresário que existe no país, Antonio Ermírio de Moraes, esse sim é tricolor, não é?

PAI - Não! Corintiano.

FILHO – #@$%!¨¨&*%, pai. Tá ficando difícil. Vamos mudar de novo. O presidente da república, o homem mais importante da nação. Esse só pode ser tricolor.

PAI – Não! Corintiano.

FILHO – E o anterior a ele, o Fernando Henrique, esse sim, hein, Pai?

PAI – Não! Corintiano.

FILHO – Mas o outro antes dele era, né, Pai? O Itamar.

PAI – Não! Corintiano também.

FILHO – Caramba, pai! Assim não tem jeito. Vamos mudar de sexo, então. Vamos falar das mulheres. A grande Marta, melhor jogadora do mundo do futebol feminino, a Hortência, maior jogadora de todos os tempos do basquete, a Dayane dos Santos, maior ginasta do país, pelo menos uma delas é são paulina, não é mesmo?

PAI – Não! Todas corintianas!

FILHO – Tá de sacanagem, né, Pai?! Ninguém importante é são paulino?

PAI – Claro que sim... tem sim. Aquele... o grande, o internacionalmente conhecido vocalista do Ira, o Nasi!

PAI – Chegaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, moleque! Assim não dá! O que mais você quer saber? Já cansei dessas perguntas irritantes.

FILHO – Tá bom, Pai, acho que exagerei. Vamos fazer o seguinte, me leva pro Morumbi, vamos ver um jogo do tricolor.

PAI – Não dá!

FILHO – Por que, pai?

PAI – Porque não temos carro.

FILHO – Tudo bem, vamos de metrô!

PAI – Não passa lá.

FILHO – Tá, então vamos de ônibus.

PAI – Só pegando dois e ainda corremos o risco de não ter pra volta por causa do horário.

FILHO – Caramba, Pai. De que vale ter um estádio grande se a gente não pode ir pra lá numa quarta-feira à noite? O Pacaembú é alugado, mas a torcida do Corinthians pode ir. Será que é por isso que toda quarta-feira eles jogam pra 20, 30 mil pessoas enquanto o São Paulo joga pra 3 mil?

PAI - (RESPIRA FUNDO E CONTA ATÉ MIL)

FILHO – Calma, paizinho, não fique nervoso. Sempre somos melhores em alguma coisa. Pelo menos somos chamados de bambis enquanto eles são chamados de gambás. Bambi é um bicho forte, valente, perigoso, voraz, não é pai?


PAI – (CHORANDO) Nããããooo, seu desgraçado! Não é! É um personagem de Walt Disney. Tá satisfeito agora, seu bobo? !!!

FILHO – Chega, Pai! Assim não dá. Eles tem mais torcida, mandam no nosso estádio, tem mais vitórias em cima da gente, tem mais torcedores ilustres, jogam em um estádio bem localizado, tem apelido macho, enquanto somos chamados de bambis, dão mais audiência na TV e o senhor ainda quer que eu seja são paulino, pai?

PAI – (UM SILÊNCIO SEM FIM)

25 de nov. de 2007

Google mania


O Jeito Google
de Viver

Alyson Fidelis


Que o ser humano é uma criatura curiosa isso nós já sabemos. Faz parte da nossa natureza querer descobrir coisas novas, saber a origem do universo, o que vem depois da morte, como funciona isso ou aquilo outro. Quem não se lembra da infância quando cansávamos nossos pais com inúmeros porquês, deixando-os muitas vezes em situações embaraçosas. Aliás, é essa vontade de conhecer, de desvendar que leva a humanidade para frente, para o progresso e para um nível superior de desenvolvimento.

Uma das vantagens que nós humanos temos sobre os animais é a capacidade de repassar nossos conhecimentos e descobertas aos nossos descendentes. Os animais por mais “espertos” que possam parecer não conseguem passar algumas habilidades que adquiriram ao longo da vida para os seus filhotes. É como se o conhecimento se perdesse com a morte do animal. Por exemplo, um chipanzé que aprende a andar de bicicleta, a somar bananas, enfim, a fazer macaquices a mil não tem a capacidade deixar como legado à sua espécie o que aprendeu. Imaginem o cuidado que um pesquisador deve que ter com um cachorro que durante anos ensinou a entender sinais de comunicação. Se no meio da pesquisa o cão morrer todo o esforço é perdido em instantes.

Nós humanos não somos assim. Podemos nos comunicar, escrever e desenhar. Construímos ao longo de séculos um imenso arcabouço teórico, técnico e cultural. Escrevemos livros, deduzimos fórmulas, inventamos objetos que facilitam nossa vida.

Tendo isso em mente, hoje gostaria de comentar algo sobre o sistema Google de busca, o Google Search. Se antes nossas pesquisas se restringiam à transmissão oral do saber, passando pelas antigas bibliotecas das universidades, aos compêndios das grandes enciclopédias, agora quase todo conhecimento humano está à apenas a um click. Isso mesmo, qualquer coisa que você deseja saber basta acessar o site de busca e ele fornece diversos resultados. Não é preciso nem escrever a palavra toda. Tudo muito rápido e fácil.

Na era da informática talvez não tenha sido inventada ferramenta mais útil e revolucionária. Capaz de reunir milhões de informações, dados, curiosidades, segredos...UAU!! Tem de tudo lá.

Ao mesmo tempo em que fico maravilhado com tal liberdade também me sinto intrigado. De algumas semanas pra cá tenho pensado muito em como o Google Search mudou nossa forma de viver e se relacionar com as outras pessoas.

Em minha opinião, o Google Search de certa forma afasta as pessoas uma das outras. Calma, calma...não quero aqui posar de oposição ao avanço tecnológico, pelo contrário sou a favor ao progresso da ciência. O que quero dizer é que a possibilidade do uso da ferramenta de busca muitas vezes substitui o diálogo entre as pessoas, tornando-as mais distantes. Hoje, se você tiver alguma dúvida com relação a qualquer assunto, seja ele qual for não precisa mais perguntar para os pais, para os amigos, para o médico, para o advogado, para o líder religioso, para ninguém. Você tem dúvida em relação ao clima, ao sexo, à política, ao remédio que está tomando, à crise no Oriente Médio, ou ainda, como fazer uma bomba caseira, como escrever uma declaração de residência, aquela receita antiga da vovó...enfim, qualquer coisa que você quiser o Google responde.

Outro dia conversando com um amigo sobre um interesse comum que tínhamos sobre pesquisas do meio ambiente perguntei qual material ele estava lendo e se poderia me emprestar alguma coisa; sua resposta veio ao encontro do que venho pensando. Ele disse: “Ah cara procura no Google Search, você acha muito texto lá”. Fiquei impressionado, não com a resposta, porque eu mesmo já fiz muito isso, mas como que essa cultura já está espalhada por todos os lados. É muito mais fácil indicar o Google do que gastar tempo explicando determinado assunto.

Penso que devemos tomar cuidado com essa cultura. Aliás, isso nada mais é do que fruto de um mundo secularista, individualista em que vivemos...a cultura do fast food. Nadar contra a corrente não é fácil, mas muitas vezes é preciso. A questão não é deixar de usar o Google Search, não é isso, mas sim privilegiar uma boa troca de idéias quando for o caso, investir tempo nos relacionamentos, continuar a fazer perguntas para os mais velhos, para os mais experientes. Como é brilhante ver o desenvolvimento de um aprendiz, de um discípulo. O contato humano é indispensável para o nosso bem-estar.

A vida é feita de momentos e serão os relacionamentos firmados que marcarão os momentos mais preciosos da nossa vida.

Ah, já ia me esquecendo...você já procurou seu nome no Google??

Pontapé inicial

Esse não é meu primeiro blog...rsrs...os outros não tiveram vida longa, mas espero desta vez levar esse projeto adiante. Aqui vou colocar meus pensamentos, alguns comentários, quem sabe alguns artigos...Espero que gostem e que comentem também, aliás que original isso... claro que todo autor de blog espera vários comentários..hahaha!!

Então é isto: está dado o pontapé inicial do Blog do Alyson